O jogo que muitos indicavam ser o decisivo, o jogo do título e, por isso, o jogo do tudo ou nada, pendeu, como esperávamos ansiosamente, para o nosso lado. Sem espinhas porque fomos melhores e o Braga mostrou a faceta que tem sido ao longo do ano, uma equipa altamente organizada e que, retirando apenas adversários bem mais frágeis, entrega a iniciativa do jogo ao seu opositor, esperando pelo seu erro, através das suas rápidas e interessantes transições.
No entanto, estas mesmas transições não existiram durante o jogo de sábado. Porquê?Porque JJ e a sua equipa, com segurança e tranquilidade, preencheram bem os espaços, impedindo a equipa do Choramingas Paciência de criar espaços para essas mesmas transições.
Não foi, por esta razão, um excelente jogo de futebol na primeira parte. Houve muito respeito pelo Braga por parte da nossa equipa e muita vontade de não deixar o Benfica jogar por parte do Braga (há quem lhe chame medo). As ocasiões de golo foram escassas, embora o Benfica tenha passado quase todos os 45m no meio campo arsenalista.
Foi, por isso, num lance com alguma fortuna, que Luisão aproveitou para fazer o golo. No entanto, esta fortuna foi alcançada com brio e muito querer. Senão vejamos. As oportunidades não existiram porque o Braga não deixou mas, apesar disso, tivemos cerca de 10 cantos na primeira parte, o que mostra a nossa presença na área adversária ao longo da primeira parte.
Quer isto dizer que a nossa fortuna surge da audácia e querer e, ao mesmo tempo, do período de jogo em que o golo é alcançado:no minuto de compensação. Desta forma, o Braga estava obrigado a ter que fazer pela vida e a abrir espaços na segunda parte. E nós sabemos que o Benfica gosta disso.
Confesso, por isso, que esperava mais golos na segunda parte. No entanto, por incapacidade própria (Cardozo em dia não), o resultado ficou na mesma, impedindo assim de ganhar vantagem ao Braga no confronto directo. No entanto, em termos de futebol jogado, foi melhor do que a primeira parte.
O Braga surge um pouco mais aberto sem, no entanto, criar oportunidades de golo, devido à nossa excelente eficácia, com Javi Garcia e Carlos Martins a fazer excelentes exibições. Depois, porque o próprio Braga não sabe jogar de outra forma. Não sabe pegar no jogo, transportar a bola, dominar o adversário e criar ocasiões de golo. Não é à toa que têm apenas 34 golos marcados, contra os 64 da nossa parte.
Desta forma, apenas num lance de bola parada, e através de um cabeceamento de Mateus, o Braga criou perigo. De resto, só houve Benfica, mesmo que num formato mais pragmático. Cardozo falhou, pelo menos, 3 golos por não ter capacidade de remate com pé direito.
Posto isto, resta-me terminar indicando que estamos mais perto mas ainda nada está decidido. É necessário manter este ritmo e postura, senão não será possível atingir o tão desejado título. No entanto, vamos com calma, pensando apenas no próximo jogo contra o colosso Liverpool que, mesmo não passando por uma boa fase, tem aquilo que nós adoramos na nossa equipa: adeptos fantásticos que apoiam sempre e uma equipa que, quer estejam numa boa ou má fase, luta sempre até ao último minuto, independentemente do adversário.
Carrega Benfica!!!
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