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sábado, 3 de janeiro de 2009

Entrevista de Luís Filipe Vieira


Luís Filipe Vieira (LFV)deu uma grande entrevista ao Jornal A Bola esta sexta- feira onde, entre muitos aspectos, focou algumas das várias temáticas mais discutidas em relação ao nosso clube. Numa entrevista que, na minha opinião, se assume como de pré- campanha eleitoral, destacam-se entre outros temas, o actual momento financeiro e desportivo do clube, sem nunca esconder o fracasso desportivo que foi a época 2007/2008.


Sem muitas palavras, lá foi dizendo também que “espero que nos deixem ganhar a Liga dentro de campo”. Desta forma assumiu a posição clara que o clube começa a tomar em relação às vergonhosas arbitragens que têm acontecido nos jogos em que o Glorioso intervêm. Para ele, “não são forças externas (que nos impedem de ganhar), pelo contrário, são bem conhecidas”.

Rui Costa, o homem forte do futebol é, no entender de Luís Filipe Vieira “a melhor garantia de um projecto desportivo sustentado e integrado”, alguém que “faz parte do passado e do presente deste clube e representa, ao mesmo tempo, a seu futuro”. A competência do maestro é, para LFV, uma chave no sucesso do Sport Lisboa e Benfica.

Confirma-se com esta entrevista que LFV já pouco fala de futebol. Ou melhor, foca aspectos no futebol mas sem os aprofundar. Isso é tarefa de Rui Costa que, como todos sabemos, disso entende como poucos. E com essa postura do presidente, o Benfica só tem a ganhar.

Não deixa de frisar, no entanto, que “a SAD entende que o plantel é suficiente para que os objectivos sejam alcançados”. Ou seja, o Benfica não tenciona reforçar-se em Janeiro. Quanto à compra dos passes de Reyes e Suazo é elucidativo: se sobre Suazo entende que será difícil visto não existir opção de compra, sobre Reyes explicita que está na nossa mão manter o atleta visto termos opção de compra. No entanto, foco aquilo que LFV diz sobre Suazo: “um jogador que tem as características profissionais e humanas que este clube procura”.

Para o presidente do Benfica, o motor do Benfica são as pessoas, os sócios e adeptos. São estes os principais obreiros do reerguer do Benfica. Neste aspecto , LFV entende que “a verdadeira força no clube está nas bases, nas pessoas”. E as casas tem papel preponderante neste caminho percorrido e que ainda está por percorrer.

Dos aspectos que foquei e dos demais abordados na entrevista, destaco as palavras de LFV ao assumir que o equilíbrio financeiro e estrutural do clube está alcançado e que, desta forma, o clube pode, “finalmente, concentra-se apenas na vertente desportiva, e isso vai reflectir-se a curto prazo”.

Ao assumir que estamos prontos para dar o pulo no plano desportivo, o presidente entende que é agora ou nunca, tanto que o investimento para esta época foi altíssimo. Esta convicção, passada para fora, a concretizar-se, vai catapultá-lo ainda mais rumo a uma vitória nas eleições de 2009. Disso não tenho dúvidas.

Agora, em caso de não vencermos o campeonato, após todo este investimento, LFV pode ter provocado a sua queda da presidência do nosso clube. É que não estou a ver os sócios aguentarem mais anos sem ganhar títulos…e então após este investimento…

Certo é que, para mim, por todas as razões, queria que ele se recandidatasse, ganhasse...era sinal puro que estávamos no bom caminho...financeiro e desportivo!

2 comentários:

Anónimo disse...

Amigo Hugo, não tenho tanto optimismo quanto ao futuro, desportivo ne financeiro, do clube.
Não li a entrevista, mas se bem conheço LFV tratou-se de mais do mesmo: venda de banha da cobra, tentativa de tapar o sol com a peneira. Espero que desta vez não tenha tido a ousadia e a desfaçatez de invocar os títulos de há quatro anos.
Quanto ao plano financeiro, parece-me no mínimo suspeito que fale em equilíbrio quando se sabe do investimento elevadíssimo que foi feito nos últimos anos, face a uma arrecadação de receitas claramente insuficiente para manter uma equipa de futebol milionária e as várias modalidades do SLB (onde os problemas já se começam a sentir), além dos gastos inerentes aos vários projectos lançados (como a BENFICATV). Não é demais lembrar que o SLB é dos três grandes o que menos lucra com as vendas de jogadores, e que este ano praticamente não tirou proveitos das competições europeias, que foram um fiasco...
Também não é por não precisarmos de reforços que eles não vêem, é por não os podermos trazer...
No plano desportivo assistiu-se a um rodopio de transferências de jogadores, contratações sem sentido para adepto ver, continuação na aposta em valores estrangeiros, que na maior parte não tinham competência para representar o SLB ou encararam o SLB como trampolim para outros vôos, isto é, sem amor à camisola. Todas estas contratações a pensar no curto prazo, equipas em permanente (re)construção, falta de paciência para os jogadores se afirmarem e mesmo para dar estabilidade ao corpo técnico (o despedimento de Fernando Santos foi pior que patético) cobraram o seu preço: exibições amorfas, sem a garra do Benfica, e prolongamento da ausência de hábito de vitória que já remonta há mais de uma década.
E nuvens negras se perfilam: o empréstimo obrigacionista de 40 (!) milhões de euros é péssimo sinal em péssima altura e a equipa tarda a demonstrar estofo e consistência, como os treinadores dos nossos adversários insolentemente notam.
Há muito caminho para atalhar, de preferência a breve prazo!
Abraço,
Zé Amaral

Hugo disse...

Viva amigo Zé Amaral,

Começo a ficar tremendamente preocupado com o futuro do nosso clube.

E depois do jogo de domingo, ainda me sinto tão desiludido que pouca vontade tenho para escrever o que quer que seja.

Talvez amanhã se conseguirmos vencer o Vitória.

Abraço