Em poucas palavras resume-se o jogo de ontem: Vitória justa, embora muito sofrida.
Marcámos três golos, um sinal deveras positivo. No entanto, sofremos dois...em dois momentos de desconcentração, não da defesa, mas sim de toda a equipa, incapaz de manter o ritmo que conseguiu impor após a entrada de Di Maria (grande jogo ontem, finalmente).
Era escusado que tal tivesse acontecido. Tanto que contra o Sporting qualquer distracção pode sair cara...O jogo começou a um ritmo baixo. Toda a primeira parte foi muito lenta, morna, excepção feita à cabeçada de Luisão à barra, secundada pela recarga de Aimar a que Cássio se opôs com uma excelente defesa.
Para lá deste lance, pouco (ou nada!!)a dizer....
Na segunda parte, com David Luiz a salvar um golo na linha de baliza, pensou-se que o jogo ia ser muito mais complicado e duro que o da primeira parte. Mas Quique sentiu que era necessário abanar a equipa e fez entrar Di Maria para o lugar de Carlos Martins (muito apagado, embora esforçado como sempre).
Foi a solução perfeita. Com velocidade, confiança e, ao contrário dos últimos jogos, com inteligência e sentido de equipa, o argentino soube pegar na equipa e dar - lhe outra alma. Foi acutilante, pressionante na zona que pisava, estonteante no drible, permitindo que a equipa jogasse rápido no curto espaço de terreno disponível, mercê do bloco baixo criado pelos pacenses.
De qualquer forma, o primeiro golo surgiu de um erro de Cássio que Cardozo soube aproveitar bem, como mandam as regras do bom ponta de lança. Logo de seguida, Ruben Amorim (no meio, após a saída de Martins) faz um soberbo golo, após conseguir ganhar uma segunda bola à entrada da área do Paços de Ferreira.
Pensava-se que estava ganho e sem espinhas. Puro engano. Um lance displicente de Sidnei permitiu a um jogador do Paços ganhar a bola junto à linha, cruzar para um colega de equipa que, solto de marcação, rematou para a baliza de Moreira (Katso e Amorim não acompanharam o movimento deste).
Sofria-se... pensava-se no jogo com o Vitória....o 2-2...
Mas Di Maria decidiu fazer um estrondoso e maravilhoso golo. Algo com que ele, espero, irá começar a habituar os adeptos do nosso clube. Após lançamento de David Luiz, o argentino arrancou um pontapé a mais de trinta metros da baliza, avaliando bem o adiantamento de Cássio, para colocar a bola nas redes pacenses.
Mais uma vez pensava-se que estava ganho. Entra Mantorras para a ovação aos 90 minutos (vejo a sua entrada como mais um prémio e uma forma de motivação para continuar a lutar diariamente)... Mas o Paços de Ferreira, novamente, mesmo a jogar sem velocidade, aproveita nova desconcentração da nossa equipa e faz o 3-2...
Sofreu-se outra vez...pensava-se em tudo... e bola no poste da baliza de Moreira, recarga contra o corpo de Sidnei...
E terminou... mas podia ter acabado mal...
Erros deste não se podem repetir, sob pena de hipotecar uma vitória no campeonato que, sinceramente, ainda é muito possível...
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