Carlos Martins deu hoje uma entrevista ao jornal Record onde aborda passado, presente e futuro. Lógico que, nós, benfiquistas, apenas estamos interessados no presente e futuro deste jogador que, não deslumbrando (perdeu até algum fulgor nas últimas partidas), tem se portado como um excelente profissional.
Agradou-me a sua conversa. Não sou muito de aceitar obstinadamente palavras de jogador profissional de futebol, simplesmente porque ele é um profissional. Mas, neste caso, confesso que fiquei mesmo convicto das suas palavras. Não escondeu, e diz mesmo não "esconder, nem quero, que fui formado em Alvalade. Tenho as minhas recordações, há coisas que não se apagam".
No entanto, logo referiu que, agora, só pensa em ganhar no Benfica, naquele que é o maior clube do mundo: "Todos me diziam que este era o maior clube português e um dos maiores do Mundo. Agora, que já vi, posso garantir que era mesmo verdade. É difícil encontrar outro clube com esta dimensão, com uma massa adepta tão forte. Para um jogador isto é muito importante. Sentimo-nos sempre apoiados, em qualquer estádio onde nos tenhamos de deslocar. Os profissionais do Benfica devem dar graças a Deus por dispor desta força extra. É uma coisa que nunca tinha visto"(Palavras para que:)
E a sua ambição não é por menos. Ele, páginas tantas refere, após ser questionado sobre se a sua clausula de rescisão não seria impeditiva para sair que "é coisa em que nem penso, porque o meu objectivo é cumprir os 5 anos de contrato com o Benfica... sendo cinco vezes campeão!"
A cereja no topo do bolo estava reservada para a pretensa intenção que o FCPorto fez para desviar do Benfica. Ele confirmou. Nada que nós não estejamos habituados. No entanto, afirmou que, após dar o sim ao Benfica, nem chegou a ouvir a proposta tripeira e que logo ligou a Rui Costa a informar que poderia dormir descansado que era no Benfica que iria jogar.
Outros assuntos relacionados com o futebol do Benfica foram abordados. Referiu que o plantel do Benfica tem 27 titulares, referindo-se ao sentimento de pertença a um grupo onde todos tem o seu espaço, a sua importância e que, quem é chamado nunca pode facilitar, perante uma equipa técnica altamente competente.
Para finalizar, um flash - interview:
Quique Flores: “Exigente”
Rui Costa: “Ídolo”
Nuno Gomes: “Profissional”
Benfica: “O meu clube”
Bölöni: “Meu ex-treinador”
José Peseiro: “Grande treinador”
Fernando Santos: “Autoritário”
Paulo Bento: “Treinador do Sporting”
Sporting: “Onde me formei”
João Moutinho: “Humilde”
Huelva: “Gratidão”
Coimbra: “O meu distrito”
Campo Maior: “Aprendizagem”
Scolari: “Ex-seleccionador”
Queiroz: “O nosso seleccionador”
PS - Eu quero mesmo que ele fique por cá cinco ou mais anos. E, tal como ele diz, quero que seja cinco vezes campeão:)
2 comentários:
Boa noite amigo Hugo,
De facto foi uma entrevista inteligente e bem conseguida do Carlos Martins, que tem sentido dificuldades em se afirmar, depois da promissora pré-época que realizou.
Tenho a impressão de que é um caso de um jogador com óptimas capacidades físicas e técnicas mas que tem uma inconstância e uma inconsequência desconcertantes. Só por isso me parece perfeitamente excessivo considerá-lo um dos sucessores do Rui Costa.
Relativamente à tentativa de o desviar pelo FC do Porto, foi mais um episódio de uma guerra para aqual aquele clube teima em querer arrastar-nos.
Agora fala-se que querem contratar o Miguel Lopes, um jogador que formá-mos e que é o lateral-direito que precisamos, eles que nem precisam de reforçar essa posição...
Assim se vê a diferença de postura e de serenidade de ambos os clubes. Ainda bem que o Rui Costa não está para conversas...
Abraço,
Zé Amaral
Amigo Zé Amaral,
Seja bem aparecido mais uma vez!
Não posso estar mais de acordo com o facto de Rui Costa não estar para conversas em relação ao FCPorto. É a lufada de ar fresco que referi no outro dia. Mais houvesse como ele e, sem dúvida, que o nosso futebol era bem diferente.
Quanto a Carlos Martins não acho assim tão inconstante como refere. Concordo que, aquela pré-época pareceu mais do que aquilo que efectivamente tem rendido. No entanto, não esqueçamos que tem tido algumas limitações físicas e, ao mesmo tempo, tem também existido uma rotatividade de plantel muito elevada (e até agora bem feita)...
Não quer dizer que seja o digno sucessor de Rui Costa. Não será porque Rui Costa só houve um. Pode é, e acredito que com o tempo isso acontecerá, marcar uma posição própria e recheada de bons momentos ao serviço do Benfica...
Todos nós agardecemos :)
Abraço e saudações benfiquistas
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