Motor de Busca preferido dos portugueses

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Emoção, orgulho, revolta...

Se antes do jogo tinha confiança numa prestação e num resultado positivo, e se durante o jogo me fui revoltando com tudo o que se passava, no final senti um orgulho enorme. Não só pela vitória ou exibição, mas sim pela vontade, querer e força interior que a equipa conseguiu transmitir

Em relação ao último jogo, duas mudanças: regresso do Katsouranis ao meio campo, por troca com o Carlos Martins; e entrada do Aimar na equipa, ocupando o lugar do Nuno Gomes, no apoio a Suazo na frente.

O objectivo, julgo, seria aproveitar a disponibilidade fisíca de Yebda e Katso, juntando-se a Amorim a fechar o flanco direito, tendo depois Reyes como o “diabo à solta”, Aimar como o homem que pautaria a velocidade e Suazo na frente para o que desse e visesse.

A equipa entrou agressiva a tentar efectuar a pressão junto do portador da bola, aproveitando a tal disponibilidade de Yebda e Katso. Logo aos 3 minutos, Pablo Aimar é inequivocamente tocado dentro da grande área, sofrendo falta para grande penalidade que Carlos Xistra não assinalou. Um erro que, infelizmente, começa a ser hábito nos jogos do Benfica e que assinalou o início do festival do "amigo de Pinto da Costa" (na volta até é mesmo...).

No entanto, logo aos 14’, após uma recuperação de bola, Aimar faz aquilo que só está ao alcance dos craques, soltando Suazo na frente que, devido à sua pujança e velocidade, fez o resto: “cavalgou” meio –campo com a bola e ultrapassou dois adversários, batendo seco à entrada da área sem hipóteses para Nilson.

Quatro minutos depois, Pablo Aimar (estava endiabrado!!) sofreu falta já no meio campo vimarenense que Reyes bateu, para a cabeça de Sidnei fazer o resto: 2 -0 aos 18’. Entretanto, altamente motivado, o Benfica explorava a pressão e a velocidade do jogo dos seus homens da frente. Suazo foi impedido de seguir para a área isoladamente por um fora de jogo absurdo…via-se para que lado a maré começava a remar…apesar de acharmos que iriamos obter um resultado tranquilo e moralizador.

Puro engano. A equipa, há que o referir, continua a ter dificuldades em ter a bola nos pés e a dominar as incidências da partida. Foi o que se viu. Cada vez iamos ficando mais lentos e, muito importante, deixámo-nos influenciar pelas bancadas e pelo jogo quezilento dos vitorianos, ao ponto de Reyes ser expulso quase a terminar a primeira parte(desta vez bem…porque será!?!). Antes, Douglas reduzira para os minhotos (41’) num lance que reflecte bem as lacunas de Maxi Pereira a lateral, apesar da sua disponibilidade.

A inferioridade numérica teve influência óbvia no jogo. Por isso, pouco se pode falar sobre a vertente atacante durante a segunda parte, porque ela praticamente não existiu. No entanto, também pouco Vitória se viu. Um ou dois lances de perigo para a baliza de Quim que, por sinal, pouco trabalho teve durante a segunda parte.

Mas pode-se falar na forma como a equipa defendeu, que foi quase exemplar. Aliás, o pouco jogo vimarenense deve-se, acima de tudo, à forma solidária, guerreira e agressiva (no bom sentido) como a equipa jogou.

Não vale a pena entrar em pormenores porque houve pocuo jogo, retirando uma oportunidade de golo por Desmarets, Nuno Assis e outra por Yebda mesmo a terminar a partida. Defendemos com unhas e dentes a magra vantagem, num bloco consistente, em duas linhas, impedindo a possibilidade de finalização do Vitória.

A assinalar, ao longo da segunda parte apenas o facto de termos jogado com menos quatro elementos em campo. Os “senhores de preto”, acima de tudo Carlos Xistra, tudo fizeram, e à descarada, para nós não vencermos. A patada em Suazo foi só o demonstrar dos dois pesos e duas medidas ao longo de toda a partida.

Destaque para toda a equipa por aquillo que fez ao longo do jogo, principalmente após a expulsão de Reyes. No entanto, será justo invocar Aimar que, enquanto teve pernas, foi o cérebro da equipa; Suazo porque marcou e foi de uma força brutal ao longo do jogo; Sidnei porque mais uma vez foi decisivo a finalizar e sóbrio a defender; e, por fim, Luisão que mostrou ser um digno capitão na ausência de Nuno Gomes.

Enfim, foi um jogo de emoções, onde venceu a melhor equipa, para gaúdio da maioria e azia de alguns senhores que insistem em seguir por uma rota de anti-desportivismo que só não vê quem não quer…

E, no fundo, só posso agradecer ao "Xistrema" por nos ter tornado ainda mais fortes como equipa…
Fotos retiradas do site oficial do Sport Lisboa e Benfica http://www.slbenfica.pt/

Sem comentários: